terça-feira, 5 de julho de 2011

Interjeição


As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abrangente: sensações e estados de espírito; ou até mesmo servem como auxiliadoras expressivas para o interlocutor, já que, lhe permitem a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.

As interjeições podem ser classificadas de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção:

* Alegria: oba!, eba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!
* Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
* Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
* Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
* Aprovação: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
* Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
* Dor: ai! ui!
* admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
* Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
* Invocação: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!, ô!
* Medo: credo!, cruzes! uh!, ui!, socorro!

Outros exemplos que não representam emoções:

* Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
* Derivados do inglês: yes! ok!

Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:

* a) afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, rua!, toca!, xô!, xô pra lá!
* b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
* c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
* d) admiração: puxa!
* e) alívio: ufa!, arre!, também!
* f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
* g) apelo: alô!, olá!, ó!
* h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
* i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
* j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
* k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
* l) desculpa: perdão!
* m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
* n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
* o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
* p) dúvida: hum! Hem!
* q) cessação: basta!, para!
* r) invocação: alô!, ô, olá!
* s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!, meu Deus!, menino Jesus!
* t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
* u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
* v) saudade: ah!, oh!
* w) silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!
* x) suspensão: alto!, alto lá!
* y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
* z) interrogação: hei!…

Conjunção


Conjunção é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.

São exemplos de conjunções: portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme.

Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção dá-se-lhes o nome de locução conjuntiva. São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, a fim de que.

As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas.

Quando conectam duas orações que apresentem diferentes níveis sintáticos, ou seja, uma oração é um membro sintático da outra, são chamadas de conjunções subordinativas.

Apesar de ser uma classe de palavras com muitas classificações, são poucas as conjunções propriamente ditas existentes. A maioria delas são na verdade locuções conjuntivas (mais de uma palavra com a função de conjunção) ou palavras de outras classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção em um período.

As conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente como conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ou, porque,pois, portanto, se, ora, apesar e como.

Tipos de conjunções:
Coordenativas

As conjunções coordenativas são conhecidas por:
Aditivas

Indicam uma relação de adição à frase. Unem palavras de mesma função sintática. São elas: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como e etc.

Ex: Comi e fiquei satisfeita.

Ex2: Todos aqui estão contentes e despreocupados.

Ex3: João acordou e mutilou todos os seus inimigos.

Ex4: O acontecimento não foi bom nem ruim.
Adversativas

Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.

Ex: O carro bateu, mas ninguém se feriu.
Alternativas ou disjuntivas

Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou...ou, ou, ora...ora, já...já, quer...quer, etc.

Ex.: Ou ela, ou eu.
Explicativas

Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).

Ex: Ele não entra porque está sem tempo.
Conclusivas

Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc.[1][2]

Ex: Ele bebeu bem mais do que poderia, logo ficou embriagado.
Subordinativas

As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal.
Integrantes
que, se.

Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.

Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se se.

Afirmo que sou inteligente.
Não sei se existe ou se dói.
Espero que você não demore.

Observação: Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".

Exemplo:

Afirmo que sou inteligente. (Afirmo isto.)
Não sei se existe ou se dói. (Não sei isto.)
Espero que você não demore. (Espero isto.)

As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
Causal
porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, entre outros.

Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.

Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.

Comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.

Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.

Indica comparação entre dois membros.

Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso quanto o irmão.
O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.

Concessiva
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, etc.

Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.

Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem..

Condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.

Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.

Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.

Conformativa
conforme, como, segundo, consoante, etc.

Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.

Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)

Consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que

Iniciam uma oração na qual se indica a consequência.

Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
Falou tanto na reunião que ficou rouco
Tamanho o labor que sentiu sede
Era tal a vitória que transbordou lágrimas de emoção

As palavras são todas de tal modo ou tamanho

Final
para que, a fim de que, porque [para que], que

Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade,o objetivo da oração principal

Aqui vai o livro para que o leia.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.

Proporcional
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)

Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.

Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.

Temporal
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.

Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo

Custas a vir e, quando vens, não demora.
Implicou comigo assim que me viu;

Observações gerais

Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:

"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."
"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."
"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."
"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."
"João subiu e desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.

Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".

Veja o exemplo:

"Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és."

"Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és."

As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.

As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.

A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."

O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "Qual é a coisa que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:

Não sei se morre de amor. (Qual é a coisa que não sei? Se morre de amor.)

O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:

* Explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
* Conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
* Causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".

Advérbio


Advérbio é a palavra invariável que modifica o sentido do verbo, acrescentando a ele determinadas circunstâncias de tempo, de modo, de intensidade, de lugar, etc. Ex.

Um lindo balão azul atravessava o céu.
Um lindo balão azul atravessava lentamente o céu.

Nesse caso, lentamente modifica o verbo atravessar, pois acrescenta uma idéia de modo. Os advérbios de intensidade têm uma característica particular, pois além de intensificar o verbo, eles podem intensificar o sentido de adjetivos e de outros advérbios. Ex.

Nosso amigo é inteligente demais.
As encomendas chegaram muito tarde.

• Locução Adverbial

Locução adverbial é toda expressão formada por mais de uma palavra e que funciona como advérbio. Ex.

As notícias chegaram cedo.
As notícias chegaram de manhã.

• Classificação do Advérbio

Dependendo da circunstância que expressam, os advérbios classificam-se em:

Lugar: lá, aqui, acima, por fora, etc.
Modo: bem, mal, assim, devagar, às pressas, pacientemente, etc.
Dúvida: talvez, possivelmente, acaso, porventura, etc.
Negação: não, de modo algum, de forma nenhuma, etc.
Afirmação: sim, realmente, com certeza, etc.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, etc.
Tempo: agora, hoje, sempre, logo, de manhã, às vezes, etc.

• Palavras Denotativas

Existem palavras e locuções semelhantes aos advérbios, as palavras denotativas, que indicam idéia de:

Inclusão: até, mesmo, inclusive, etc.
Exclusão: só, apenas, menos, etc.
Retificação: isto é, aliás, ou melhor, etc.
Explicação: por exemplo, ou seja, etc.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Junto com as posposições e as raríssimas circumposições, as preposições formam o grupo das adposições.

Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos", teremos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: "do" liga "alunos" a "colégio", "ao" liga "assistiram" a "filme", "de" liga "filme" a "Walter Salles". Portanto são preposições. O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo que a sucede, regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...", teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.

Essenciais

Aquelas que só funcionam como preposição, são elas: à (ou "ao" antes de palavra masculina)a - antes - até - após - com - contra - de - desde - em - entre - para - per - perante - por - sem - sob - sobre - trás.

Acidentais

Aquelas que passaram a ser preposições, mas são provenientes de outras classes gramaticais, como:

* afora,
* menos,
* salvo,
* conforme,
* exceto,
* como,
* que...

Exemplos:

* Agimos conforme a atitude deles.
* Conversamos muito durante a viagem.
* Obtiveram como resposta um bilhete.
* Ele terá que fazer o trabalho.
* Conversamos pouco durante a viagem .

Contração

Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre redução.

Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a); duma (de + uma)

Observação: Não se deve contrair a preposição "de" com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome "ele(s)", "ela(s)", quando estes funcionarem como sujeito de um verbo. Por exemplo, a frase "Isso não depende do professor querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer".

terça-feira, 7 de junho de 2011

Tipologia textual

Tipologia textual é a forma DE UM TEXTO EM DESENHODão: descrição, narração, dissertação, exposição, injunção, diálogo e entrevista. É importante que não se confunda tipo textual com gênero textual. Ver também tipos textuais.

Tipos:
O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma idéia. Exemplos de textos explicativos são os encontrados em manuais de instruções.

Informativo

Texto informativo, tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.

Descrição

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.

Narração

Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou a Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano.

Dissertação

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.

Argumentativo

Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicitação, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial 03h09min de 26 de maio de 2011 (UTC)03h09min de 26 de maio de 2011 (UTC)03h09min de 26 de maio de 2011 (UTC)03h09min de 26 de maio de 2011 (UTC)03h09min de 26 de maio de 2011 (UTC)03h09min de 26 de maio de 2011 (UTC)~~ççkkk

Exposição

Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias).

1. Estrutura básica:
2. ideia principal;
3. desenvolvimento;
4. conclusão.

Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos cientificos, exposições,etc.

Injunção

Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.

Diálogo

Diálogo é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas.

Entrevista

Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, facto que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a afectar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.

As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atençao do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho".

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Etimologia ( origem das palavras)


Etimologia (do grego antigo ἐτυμολογία, composto de ἔτυμον e -λογία "-logia"[1]) é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica.

Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram.

Os etimólogos também tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo, foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o caminho de volta até a origem da família de línguas indo-europeias.

A própria palavra etimologia vem do grego ἔτυμον (étimo, o verdadeiro significado de uma palavra, de 'étymos', verdadeiro) e λόγος (lógos, ciência, tratado).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Acentuação Gráfica - novas regras



Acentuam-se as palavras:


* Oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o” e “em”, seguidas ou não do “s”.

sofá – café – armazém – parabéns...


* Monossílabos tônicos terminados em:

- a, as:

pá – gás...

- e, es:

fé – mês...

- o, os:

dó – pôs...


* Paroxítonas terminadas em:

- i, is:

júri – lápis....


- us, um, uns:

Vênus – médium - álbuns...


- l, n, r, x, ps:

retrátil – próton – tórax - fêmur – fórceps...


- ã, ãs, ão, ãos:

ímã – órfãs – sótão – órgãos...


- ditongo oral:

memória – falência – advérbio ...


Proparoxítonas:

- Todas são acentuadas:

lâmpada – câmara – ônibus...


Hiatos:


- São acentuados o “i” e “u” dos hiatos, estando estes isolados na sílaba ou acompanhados de “s”:

ju-í-zo – sa-í-da – ba- la- ús-tre...


- Contudo, mesmo quando isolados na sílaba, não são acentuados quando:

* forem seguidos do dígrafo “nh”:

rainha - moinho...


* Quando vierem depois de ditongo não são mais acentuados. Perceba como antes era e como resultou mediante o novo acordo:






* No caso de estarem em posição final da sílaba (seguidos ou não de “s”) e antecedidos de ditongo, são acentuados:

Piauí – tuiuiú – sauí...


* Não são acentuados no caso de formarem sílaba com outra letra que não seja o “s”:

Raul – saiu – juiz – ruim...


* Em referência aos casos relacionados à primeira vogal dos hiatos “oo” e “ee”, esta já não é mais acentuada. Compare ambas as situações:





Ditongos


* A vogal tônica dos ditongos abertos “ei”, “eu” e “oi”, estando no final do vocábulo (sendo este representado por oxítonos ou monossílabos) é acentuada:

céu – chapéu – herói – caracóis – papéis – anéis...


* Não se acentua mais os ditongos “ei” e “oi” tônicos das palavras paroxítonas. Perceba o que mudou:




Acento agudo inerente à vogal tônica dos grupos representados por “gue”, “gui”, “que” e “qui”:


* A vogal “u” tônica dos referidos grupos, presente em algumas formas verbais, tais como: averiguar, arguir, apaziguar e obliquar, não é mais acentuada. Constate o que realmente ocorreu:



Trema


* Em relação aos grupos “gu” e “qu”, seguidos de “i” ou “e”, não se coloca mais o trema sobre a letra “u”:

linguiça – cinquenta - consequencia – aguentar – tranquilidade...


* Entretanto, o trem ainda permanece em nomes estrangeiros e nas respectivas palavras derivadas destes:

Müller – mülleriano...


Acentos diferenciais


* As palavras homógrafas não são mais acentuadas. Portanto, verifique:




* pôde/pode – a primeira, representando o pretérito perfeito do modo indicativo recebe o acento circunflexo para diferenciar da forma verbal representada pelo tempo presente (também do modo indicativo), uma vez pronunciada com um som mais aberto.


* pôr/por – acentua-se a forma verbal (pôr) para diferenciar da preposição (por).


* ter/vir – acentua-se a terceira pessoa do plural, inerente a tais verbos, para diferenciar da terceira pessoa do singular: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm.


* O mesmo ocorre com os verbos “conter”, “obter”, “deter”, “reter”, “convir” e “abster”, nos quais a terceira pessoa do singular é demarcada pelo acento agudo e a terceira do plural pelo acento circunflexo:

ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele detém – eles detêm
ele convém – eles convêm.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Regras de pontuação


Divisão e emprego dos sinais de pontuação:

PONTO ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas.
Ex.: Av.; V. Ex.ª


DOIS-PONTOS ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou seqüência de palavras que explicam, resumem idéias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) antes de citação.
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”


RETICÊNCIAS ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.
Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de idéia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília- José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)


PARÊNTESES ( () )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.

Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió ( Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha)

Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.


PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

a) Após vocativo.
Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As violetas de Nossa Sra.- Humberto de Campos).

b) Após imperativo.
Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição.
Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional.
Ex.: Que pena!


PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

a) Em perguntas diretas.
Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação.
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!


VÍRGULA ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.

Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:

* predicado de sujeito;
* objeto de verbo;
* adjunto adnominal de nome;
* complemento nominal de nome;
* predicativo do objeto do objeto;
* oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).


A vírgula no interior da oração

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo. Ex.: Maria, traga-me uma xícara de café.
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.
Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.

f) separar conjunções intercaladas.
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.
Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.
Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)

j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula. Ex.: Conversaram sobre futebol, religião e política.

Não se falavam nem se olhavam./ Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.

Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.


A vírgula entre orações

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e ). Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.

Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção:

1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."

Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão. Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."

e) separar as orações substantivas antepostas à principal.
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.


PONTO-E-VÍRGULA ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:

I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada. ( cap. V das penalidades Direito Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula.

Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)


TRAVESSÃO ( - )

a) dar início à fala de um personagem.
Ex.: O filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos.
- Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom.

c) unir grupos de palavras que indicam itinerário.
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas.
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.


ASPAS ( “ ” )

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual.

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ' ' )

Recursos alternativos para pontuação:
Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pôr e querer

Acredite se quiser !


Desde 1943, com a uniformização da grafia, não há mais z em nenhuma das formas assumidas pelos verbos pôr, querer e derivados ( antepor, propor, predispor, requerer etc) é sempre s : pus, pôs, puser, pusesse, antepuser; quis, quiser, quisesse, requiser etc.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fonemas


Questões:

01. Os vocabulários passarinho e querida possuem:

a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
b)10 e 7 fonemas respectivamente;
c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
d) 8 e 6 fonemas respectivamente;
e) 7 e 6 fonemas respectivamente.


02. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípedo:

a) 7
b) 12
c) 11
d) 14
e) 15


03. Qual a palavra que teríamos, se trocássemos a consoante grifada de pata pela sua homorgânica, teremos:

a) bata
b) lata
c) mata
d) cata
e) nata


04. Trocando-se a consoante linguodental da palavra nata pela sua homorgânica, teremos:

a) lata
b) tata
c) nada
d) pata
e) data


05. Assinale a alternativa em que a palavra contenha ditongo oral crescente:

a) eqüestre
b) guerreiro
c) quando
d) poucos
e) ninguém


06. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, respectivamente:

a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas
e) 8 e 4 fonemas


07. (OSEC) Em que conjunto de signos só há consoantes sonoras?

a) rosa,deve,navegador;
b) barcos, grande, colado;
c) luta, após,triste;
d) ringue, tão, pinga;
e) que, ser, tão.


08. O “I” não é semivogal em:

a) Papai
b) Azuis
c) Médio
d) Rainha
e) Herói


09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos:

a) muito, faísca, balaústre.
b) guerreiro, gratuito, intuito.
c) fluido, fortuito, Piauí.
d) tua, lua, nua.
e) n.d.a.


10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresentam ditongo crescente:

a) Lei, Foice, Roubo
b) Muito, Alemão, Viu
c) Lingüiça, História, Área
d) Herói, Jeito, Quilo
e) Eqüestre, Tênue, Ribeirão



Resolução:

01. D
02. D 03. A 04. C
05. A 06. C 07. A 08. D
09. D 10. C

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Processos de Formação das Palavras ( Questões)

Questões de Processos de Formação das Palavras

1. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo
processo:
a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
c) o jota / o sim / o tropeço
d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga

2. (BB) A palavra "aguardente" formou-se por:
a) hibridismo d) parassíntese
b) aglutinação e) derivação regressiva
c) justaposição

3. (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?
a) desagradável - complemente
b) vaga-lume - pé-de-cabra
c) encruzilhada - estremeceu
d) supersticiosa - valiosas
e) desatarraxou - estremeceu

4. (UE-PR) "Sarampo" é:
a) forma primitiva
b) formado por derivação parassintética
c) formado por derivação regressiva
d) formado por derivação imprópria
e) formado por onomatopéia

5. (EPCAR) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada:
( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) hipótese
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6

6. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape:
a) zunzum d) tlim-tlim
b) reco-reco e) vivido
c) toque-toque

7. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria?
Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação.
Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens, bobagens!
Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!
Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.
Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.

8. (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese:
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
b) solução, passional, corrupção, visionário
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo

9. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por:
a) derivação d) composição
b) onomatopéia e) prefixação
c) hibridismo

10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor d) irrestrito, antípoda, prever
b) irregular, amoral, demover e) dever, deter, antever
c) remeter, conter, antegozar

11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é formada por derivação:
a) prefixal d) parassintética
b) sufixal e) imprópria
c) regressiva

12. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada d) festa, festeiro, festejar
b) luz, luzeiro, alumiar e) riqueza, ricaço, enriquecer
c) incrível, crente, crer

13. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética?
a) Lá vem ele, vitorioso do combate.
b) Ora, vá plantar batatas!
c) Começou o ataque.
d) Assustado, continuou a se distanciar do animal.
e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.

14. (UF-MG) Em todas as frases, o termo grifado exemplifica corretamente o processo de formação de palavras indicado, exceto em:
a) derivação parassintética - Onde se viu perversidade semelhante?
b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem percorri.
c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã, sem falta.
d) derivação sufixal - As moças me achavam maçador, evidentemente.
e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo pelo jantar.

15. (UF-MG) Em "O girassol da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua", há, respectivamente:
a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição
b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação
c) dois elementos formados por justaposição
d) dois elementos formados por aglutinação
e) n.d.a


16. (UF-SC) Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição, aglutinação e parassíntese:
a) varapau - girassol - enfaixar
b) pontapé - anoitecer - ajoelhar
c) maldizer - petróleo - embora
d) vaivém - pontiagudo - enfurece
e) penugem - plenilúdio - despedaça

17. (UF SÃO CARLOS) Considerando-se os vocábulos seguintes, assinalar a alternativa que indica os pares de derivação regressiva, derivação imprópria e derivação sufixal, precisamente nesta ordem:
embarque
histórico
cruzes!
porquê
fala
sombrio
a) 2-5, 1-4, 3-6 d) 2-3, 5-6, 1-4
b) 1-4, 2-5, 3-6 e) 3-6, 2-5, 1-4
c) 1-5, 3-4, 2-6

18. (VUNESP) Em "... gordos irlandeses de rosto vermelho..." e "... deixa entrever o princípio de uma tatuagem.", os termos grifados são formados, respectivamente, a partir de processos de:
a) derivação prefixal e derivação sufixal
b) composição por aglutinação e derivação prefixal
c) derivação sufixal e composição por justaposição
d) derivação sufixal e derivação prefixal
e) derivação parassintética e derivação sufixal

19. (FURG-RS) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de composição é:
a) passatempo - destemido - subnutrido
b) pernilongo - pontiagudo - embora
c) leiteiro - histórico - desgraçado
d) cabisbaixo - pernalta - vaivém
e) planalto - aguardente - passatempo

20. (UNISINOS) O item em que a palavra não está corretamente classificada quanto ao seu processo de formação é:
a) ataque - derivação regressiva
b) fornalha - derivação por sufixação
c) acorrentar - derivação parassintética
d) antebraço - derivação prefixal
e) casebre - derivação imprópria

21. (FUVEST) Nas palavras: atenuado, televisão, percurso temos, respectivamente, os seguintes processos de formação das palavras:
a) parassíntese, hibridismo, prefixação
b) aglutinação, justaposição, sufixação
c) sufixação, aglutinação, justaposição
d) justaposição, prefixação, parassíntese
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo

22. (UF-UBERLÂNDIA) Em qual dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética:
a) operaçãozinha d) assustadora
b) conversinha e) obrigadinho
c) principalmente

23. (OBJETIVO) "O embarque dos passageiros será feito no aterro". Os dois termos sublinhados representam, respectivamente, casos de:
a) palavra primitiva e palavra primitiva
b) conversão e formação regressiva
c) formação regressiva e conversão
d) derivação prefixal e palavra primitiva
e) formação regressiva e formação regressiva

24. (UFF-RIO) O vocábulo catedral, do ponto de vista de sua formação é:
a) primitivo
b) composto por aglutinação
c) derivação sufixal
d) parassintético
e) derivado regressivo de catedrático

24. (PUC) Assinale a classificação errada do processo de formação indicado:
a) o porquê - conversão ou derivação imprópria
b) desleal - derivação prefixal
c) impedimento - derivação parassintética
d) anoitecer - derivação parassintética
e) borboleta - primitivo

25. (UF-PR) A formação do vocábulo sublinhado na expressão "o canto das sereias" é:
a) composição por justaposição d) derivação sufixal
b) derivação regressiva e) palavra primitiva
c) derivação prefixal

26. (ES-UBERLÂNDIA) Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivação parassintética), exceto:
a) endireitar d) desvalorizar
b) atormentar e) soterrar
c) enlouquecer

27. (FUVEST) Assinalar a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio e, a segunda, sufixo formador de substantivo:
a) perfeitamente varrendo d) atrevimento ignorância
b) provavelmente erro e) proveniente furtado
c) lentamente explicação

28. (FUVEST) As palavras adivinhar - adivinho e adivinhação - têm a mesma raiz, por isso são cognatas. Assinalar a alternativa em que não ocorrem três cognatos:
a) alguém - algo - algum
b) ler, leitura - lição
c) ensinar - ensino, ensinamento
d) candura - cândido - incandescência
e) viver - vida - vidente

29. (FCMSC-SP) As palavras expatriar, amoral, aguardente, são formadas por:
a) derivação parassintética, prefixal, composição por aglutinação
b) derivação sufixal, prefixal, composição por aglutinação
c) derivação prefixal, prefixal, composição por justaposição
d) derivação parassintética, sufixal, composição por aglutinação
e) derivação prefixal, prefixal, composição por justaposição

30. (MACK) As palavras entardecer, desprestígio e oneroso, são formadas, respectivamente, por:
a) prefixação, sufixação e parassíntese
b) sufixação, prefixação e parassíntese
c) parassíntese, sufixação e prefixação
d) sufixação, parassíntese e prefixação
e) parassíntese, prefixação e sufixação

31. (FUVEST) Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras:
a) vendavais, naufrágios, polêmicas
b) descompõem, desempregados, desejava
c) estendendo, escritório, espírito
d) quietação, sabonete, nadador
e) religião, irmão, solidão

32. (TRE-ES) Quem possui inveja é:
a) invejozo d) invejoso
b) invejeiro e) invejador
c) invejado

33. (ETF-SP) Assinalar a alternativa que indique corretamente o processo de formação das palavras sem-terra, sertanista e desconhecido:
composição por justaposição, derivação por sufixação, derivação por prefixação e sufixação
composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por parassíntese
composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por sufixação
composição por justaposição, derivação por sufixação e composição por aglutinação
composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por prefixação

34. (FUVEST) Assinalar a alternativa que registra a palavra que tem o sufixo formador de advérbio:
a) desesperança d) extremamente
b) pessimismo e) sociedade
c) empobrecimento

35. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processo de formação de palavras, respectivamente, em:
a) parassíntese - prefixação
b) parassíntese - parassíntese
c) prefixação - parassíntese
d) sufixação - prefixação e sufixação
e) prefixação e sufixação - prefixação

36. (PUC) Considerando o processo de formação de palavras, relacione a coluna da direita com a da esquerda:
( 1 ) derivação imprópria ( ) desenredo
( 2 ) prefixação ( ) narrador
( 3 ) prefixação e sufixação ( ) infinitamente
( 4 ) sufixação ( ) o voar
( 5 ) composição por justaposição ( ) pão de mel
a) 3, 4, 2, 5, 1 d) 2, 4, 3, 5, 1
b) 2, 4, 3, 1, 5 e) 4, 1, 5, 2, 3
c) 4, 1, 5, 3, 2

37. (ETF-SP) Assinalar a alternativa em que as duas palavras
são formadas por parassíntese:
a) indisciplinado - desperdiçar
b) incineração - indescritível
c) despedaçar - compostagem
d) endeusado - envergonhar
e) descamisado - desonestidade

38. (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à formação das seguintes palavras: girassol; destampado; vinagre; irreal.
a) sufixação; parassíntese; aglutinação; prefixação
b) justaposição; prefixação e sufixação; aglutinação; prefixação
c) justaposição; prefixação e sufixação; sufixação; parassíntese
d) sufixação; parassíntese; derivação regressiva; sufixação
e) aglutinação; prefixação; aglutinação; justaposição

39. (CESGRANRIO) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas, respectivamente, pelos processos de:
a) sufixação - prefixação - parassíntese
b) sufixação - derivação regressiva - prefixação
c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação
d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação
e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese

40. (PUC-RJ) A palavra engrossar apresenta o mesmo processo de formação de:
a) embalançar d) encobrir
b) abstrair e) perfurar
c) encaixotar

PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Gabarito

1 - B 11 - C 21 - A 31 - D
2 - B 12 - B 22 - D 32 - D
3 - B 13 - E 23 - E 33 - A
4 - C 14 - A 24 - C 34 - D
5 - E 15 - C 25 - B 35 - A
6 - E 16 - D 26 - D 36 - B
7 - D 17 - C 27 - E 37 - D
8 - A 18 - D 28 - C 38 - B
9 - D 19 - B 29 - A 39 - D
10 - E 20 - E 30 - E 40 - C

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Colocação Pronominal

É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.

Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.

(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

(3) Advérbios

- Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos.
- Talvez o veja na escola.

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

- Aqui, trabalha-se.

(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

(5) Em frases interrogativas.

- Quanto me cobrará pela tradução?

(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam!
- Deus te abençoe, meu filho!

(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão.

(8) Com formas verbais proparoxítonas

- Nós o censurávamos.

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)

- Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.

- Tornarei-me……. (errada)
- Tinha entregado-nos……….(errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.

- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta)

Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:

- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

- Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

Infinitivo
- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade.
- Não ia dizendo-lhe a verdade.

Barbarismo


Barbarismo é um vício ou figura de linguagem que consiste no erro de português, cometido na grafia ou na pronúncia. É popularmente conhecido como "assassinato do português".

Exemplos :

  • Quebrei a garrafa de vrido (vidro)
  • Fizesse as pazes com tua irmã? (Fizeste)
  • Os cobertores já estão drobados (dobrados)
  • Estou com um pobrema (problema)
  • Assine aqui com sua rúbrica (rubrica)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pleonasmo


Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.

Pleonasmo vicioso

Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou idéia na frase. Essa não é uma figura de linguagem, e sim um vício de linguagem.

[editar] Exemplos

Ver página anexa: Lista de pleonasmos

Por exemplo: Estou organizando uma torcida organizada.

[editar] Pleonasmos literários

"Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quanto em visão com os da saudade via."

(Alberto de Oliveira)

"Morrerás morte vil na mão de um forte."
(Gonçalves Dias)

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal"

(Fernando Pessoa)

"O cadáver de um defunto morto que já faleceu"
(Roberto Gómez Bolaños)

"E rir meu riso"
(Vinícius de Moraes)

[editar] Pleonasmo musical

"Vamos fugir para outro lugar"
(Gilberto Gil)

"De jeito maneira, não quero dinheiro"
(Tim Maia)

"Eu nasci há 10 mil anos atrás"
(Raul Seixas)

[editar] Pleonasmos viciosos

São exemplos de pleonasmos viciosos:

  • "quero te ver com meus olhos...",
  • "...e com os ouvidos te ouvir "
  • "Amanhecer o dia."
  • "Almirante da marinha."
  • "Prefeitura municipal."
  • "Goteira no teto."
  • "Vereador da cidade."
  • "Surpresa inesperada."
  • "Encarar de frente."
  • "Anoitecer a noite."
  • "Entrar para dentro."
  • "Cursar um curso."
  • "Monopólio exclusivo."
  • "Um plus a mais."
  • "Descer pra baixo", "subir pra cima"
  • "Fato real", "ficção irreal"
  • "Sair para fora"
  • "Hermeticamente fechado"

Cacófato

Cacofonia, cacófato ou cacófaton, é o nome que se dá a sons desagradáveis ao ouvido formados muitas vezes pela combinação de palavras, que ao serem pronunciadas podem dar um sentido pejorativo, obsceno ou mesmo engraçado, como: por cada, boca dela, vou-me já, ela tinha, como as concebo e essa fada.

A cacofonia pode constituir-se em um dos chamados vícios de linguagem, e devem ser evitados, tanto na linguagem coloquial quanto na escrita.

Este é demais:

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira

Quando vem a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem

Quando vem a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce

Então quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia


obs.: não fui eu que escrevi isto... !

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Solecismos


Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma.

Exemplos:
  • Eles é Brasileiro. (Eles são Brasileiros)
  • Aqueles dia eu fui ao restaurante. (Aqueles dias eu fui ao restaurante)
  • Vou no banheiro. (Vou ao banheiro)
  • Eles são neurótico. (Eles são neuróticos)
  • Haviam seis meses que não via a minha mãe. (Faz seis meses que não vejo a minha mãe)
  • Haviam dez alunos na sala. (Havia dez alunos na sala)
  • Aqueles animais é do pantanal. (Aqueles animais são do pantanal)

Neologismos


Neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Pode ser fruto de um comportamento espontâneo, próprio do ser humano e da linguagem, ou artificial, para fins pejorativos ou não.

Pertence à família morfológica Neo (novo), cuja origem deriva do latim novus, nova, novum e do grego νές; do sânscrito návah.[1]

Pode também referir-se a uma nova doutrina no campo da Teologia que procura esclarecer o significado e significante das expressões presentes nas traduções bíblicas.


Exemplo: Os neologismos muitas vezes constroem-se com auxílio dos mecanismos usuais de produção lexical, como a composição (justaposição, aglutinação, prefixação) e a derivação, geralmente por sufixação, como petismo (de PT) e pefelista (de PFL).